quarta-feira, 16 de junho de 2010








Desenho:André Vasconcellos
Modelo:Amanda Vasconcellos











ENTENDENDO A MODA!

por André Vasconcellos

“porque estar por dentro é fundamental”




Os cabelos na história do homem

A cabeleira humana parece ter se tornado, com a evolução, uma espécie de acessório fútil ou inútil do corpo humano do ponto de vista funcional. Sua função de proteção contra luz e intempéries na verdade sofreu uma mudança com o passar dos milhões de anos de evolução.
Através de diferentes penteados, os cabelos nos permitem modificar o nosso aspecto exterior. Durante muito tempo o cabelo humano exerceu um papel de destaque na constituição de clãs e etnias.O cabelo, ainda hoje, serve para determinar grupos, funções sociais, religiosas e étnicas. Todos os povos da Terra, em todas as épocas, elaboraram complexos códigos de penteados variados com a tarefa de exprimir cada etapa de suas vidas, bem como, comunicar aos demais os seus respectivos papéis, seu status e as suas identidades culturais. Em algumas crenças o cabelo das mulheres tem papel sexual, e deve ser escondido por lenços ou véus, e apenas o seu marido pode vê-la sem estes. O fato é que estamos ancestralmente habituados a considerarmos os cabelos como um “atributo sexual” e, se os cabelos não existem mais, podemos viver esta “condição” como uma regressão a um estado semelhante ao infantil, no qual os sexos e os papéis a serem desempenhados, com os conseqüentes direitos e poderes que estes comportam, não estão ainda bem diferenciados.

Com o “corte” certo, é possível, ao indivíduo comum, afirmar as suas próprias raízes, o seu próprio sexo, transmitir o próprio credo religioso, desafiar os professores, fazer novos amigos, provocar um escândalo, encontrar a alma gêmea, opor-se às convenções sociais e até mesmo ser despedido do emprego, no caso de quem trabalha com segurança, por exemplo.

O cabelo sempre foi cercado de simbologias e mitos. A perda dos cabelos é um exemplo (inconsciente), referindo-se como uma espécie de castração, uma perda da virilidade, da força (mito de Sansão, que derrotou os filisteus quando recuperou seus fios preciosos).
Na Grécia antiga, ofertar as madeixas aos deuses representava um ato supremo, como se vê quando Berenice cortou seus cabelos e os ofereceu em sacrifício à Afrodite, para que seu marido Ptolomeu voltasse ileso da guerra da Síria.
No Egito antigo os faraós tinham nas perucas formas de distinção social, enquanto que para os muçulmanos manter uma pequena mecha no alto da cabeça era o ponto para que Maomé os conduzisse ao paraíso.
Na mitologia hindu os cabelos de Shiva mostram as direções do espaço e figuram em todo o universo.
Desde os escalpos indígenas até os cabelos das mulheres acusadas de ligação com as tropas alemãs da 2a guerra mundial, a cabeleira dos vencidos foi sempre exibida como troféu.
Hoje, podemos dizer que a razão de possuirmos cabelos é a estética. Os cabelos conservam a função fundamental de emoldurar o rosto, servindo como cartão de apresentação pessoal de cada indivíduo.

A industria de cosméticos e os profissionais que lidam com o assunto, se aprimoram e tentam achar novas fórmulas para cada tipo de cabelo, afim de torná-los sempre mais fortes, firmes e com um visual em conformidade com nosso tempo e a necessidade do cliente.

Um corte ou um penteado inadequados pode transformar-se em um problema, haja vista que hoje este fato é reconhecido e interpretado até pela Lei, visto que um cabeleireiro que erre, poderá ser denunciado por negligência e incapacidade profissional.



Dúvidas? Perguntas? Sugestões?

André Vasconcellos – Consultoria: bravomoda@uol.com.br


André Vasconcellos mora em Curitiba-PR, é estilista formado pela UNESA – Universidade Estácio de Sá (RJ), tendo seu trabalho reconhecido e premiado em vários concursos em todo o Brasil.

quarta-feira, 9 de junho de 2010



Desenho: André Vasconcellos

















ENTENDENDO A MODA
por André Vasconcellos

“Porque estar por dentro é fundamental”




A história do tempo (e do relógio de pulso)

É difícil imaginar no mundo corrido de hoje a possibilidade de vivermos sem o contar das horas. Alguns filósofos defendem que viramos escravos do tempo. Porém é um fato que esta invenção contribuiu de forma definitiva para o contar do tempo e da história em si. Os segundos, minutos e horas que formam um dia, sucedem-se formando uma linha do tempo que registra fatos e mantém as gerações informadas sobre sua história de existência.

A forma de contar as horas é antiga. A história registra que apareceu na Judéia, mais ou menos em 600 a.C., com os relógios de água (clepsidras) e os relógios de areia (ampulhetas). O arcebispo de Verona chamado Pacífico, em 850 de nossa era, construiu o primeiro relógio mecânico baseado em engrenagens e pesos. Em 797 (ou 801), o califa de Bagdá, Harun al-Rashid, presenteou Carlos Magno com um elefante asiático chamado Abul-Abbas, junto com um relógio mecânico de onde saía um pássaro que anunciava as horas. Isso indica que os primeiros relógios mecânicos provavelmente foram inventados pelos asiáticos. Contudo, embora exista controvérsia sobre a construção do primeiro relógio mecânico, o papa Silvestre II é considerado seu inventor.

Já o relógio de pulso surgiu da idéia de um brasileiro, ou ao menos teria sido ele que teve a “idéia”. Comenta-se que foi Santos Dumont quem inventou o relógio de pulso. A amizade de Santos Dumont com Louis Cartier vinha do fim do século XIX. Uma noite, Alberto lhe disse que não tinha como ler a hora em pleno vôo em seu relógio de bolso, com o auxílio do mestre relojoeiro Edmond Jaeger, Cartier apresentou uma solução para Santos Dumont, um protótipo do relógio de pulso, em 1904, o qual permitia ver as horas mantendo as mãos nos comandos.

Essa invenção se popularizou, ganhou o mundo e tornou-se o acessório mais usado por homens, mulheres e também por crianças. Hoje além de contar o tempo e informar calendário o relógio de pulso adquiriu novos valores agregados, sendo também usado como meio de comunicação para tv, rádio e até celulares de pulso. Alguns contam com jogos e existem até os que “falam” as horas, para serem usados por pessoas com problemas de visão.

Não poderíamos registrar as façanhas da humanidade, não fossem os gênios que “domaram” e nos ensinaram a mensurar o pai de todos os fenômenos...O TEMPO!

Dúvidas? Perguntas? Sugestões?

André Vasconcellos – Consultoria: bravomoda@uol.com.br


André Vasconcellos mora em Curitiba-PR, é estilista formado pela UNESA – Universidade Estácio de Sá (RJ), tendo seu trabalho reconhecido e premiado em vários concursos em todo o Brasil.