quinta-feira, 25 de março de 2010









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ENTENDENDO A MODA!

por André Vasconcellos

“Porque estar por dentro é fundamental”




Moda Conceitual X Fantasias.


Algumas pessoas quando assistem a desfiles de moda não entendem como um estilista pôde criar algo tão “diferente”… Será que alguém vai sair pelas ruas usando “aquilo”? Por que aquelas roupas se parecem com fantasias?

Calma, não é bem assim que funciona. Vamos entender:

Os desfiles geralmente são conceituais. As tendências apresentadas nas passarelas – cabelos, maquiagens, calçados, acessórios e roupas - não devem ser seguidas à risca. Servem apenas para exprimir uma visão, um delírio, um sonho ou mesmo uma revisão do que já possa existir, exibido com uma outra linguagem. É uma INSPIRAÇÃO na sua forma mais bruta. Esta forma diferente de representação é que definimos como DESFILE de MODA CONCEITUAL! Não devemos, pois, confundi-la com FANTASIAS! Os dois segmentos são distintos e têm conceitos diferentes.

Moda conceitual é uma forma de linguagem utilizada pelos estilistas para expressar sua criatividade, comunicar idéias, passar mensagens, provocar questionamentos, transmitir novas visões de um assunto já abordado e também servir de referencial apontando tendências das próximas estações.Muitas vezes a moda conceitual é apresentada para o público cercada de grandes produções, cenários mirabolantes, iluminações estratégicas, sonoplastia de efeito, maquiagens e cabelos que reforçam o conceito. Toda esta produção ajuda a revelar o clima que o estilista pretende. Estes shows, cheios de surpresas e efeitos, fazem o espectador parar, pensar, refletir e sentir-se instigado com o que viu, porém, nem sempre é compreendido e nem sempre é esse o objetivo do estilista.
Atualmente, o mercado está ávido por novas formas e novas soluções, idéias inovadoras que buscam um diferencial nos seus produtos de moda e não ficam alheias às diversas mensagens que os acontecimentos diários comunicam, sabendo ler e interpretar esta profusão de informações, que pode ser um ponto inicial para obter “insights” e idéias criativas. A moda conceitual é um exercício de criatividade, dando vazão a novas possibilidades.

Então, podemos dizer que Moda Conceitual é aquela que consiste na construção de imagens e a roupa fica em “segundo plano”. A valorização da coleção, bem como do desfile, dá uma projeção não só ao designer, mas às modelos, maquiadores, cabeleireiros, fotógrafos, diretores de arte, enfim, a toda equipe envolvida na apresentação da marca. Quando há um retorno por parte da mídia, as marcas alcançam o reconhecimento de vários intelectuais de outras áreas e atingem a designação pretendida, tal qual uma obra de arte.Na moda, por vezes, os estilistas tentam uma linguagem mais acessível, onde o conceito pode ser demonstrado de uma forma mais comercial, através de temas, onde o designer evidencia a roupa e não a idéia. Ainda assim, ele pode expor a idéia em um catálogo ou outdoor conceituando dessa forma a sua coleção e causando curiosidade nas pessoas. Nesse tipo de desfile destacam-se John Galliano, Alexander McQueen (falecido recentemente) e o brasileiro Alexandre Herchcovitch, entre outros.

A roupa conceitual inspira uma nova história, um novo significado ou versão para uma idéia. Por outro lado, as FANTASIAS são versões que derivam de histórias já existentes, com autores formais que idealizaram o personagem e o embutiram numa história, que é passada de geração a geração, por todo tipo de mídia. Porém, nada impede que a MODA CONCEITUAL se inspire em uma FANTASIA já existente, e faça com ela uma releitura ou adaptação.

quarta-feira, 24 de março de 2010






Gostaria de parabenizar às colegas de SENAC, pelo excelente trabalho, inspirado no BARROCO!

terça-feira, 23 de março de 2010

E lá vem o inverno...

Dicas de visual para todos os estilos...












Lá vem o inverno...

A moda do outono/inverno 2010 virá extremamente democrática, com opções para os mais diversos estilos. Você pode escolher entre uma nuance com uma pegada mais rock and roll, ou um estilo mais “Patricinha” de se vestir, com muitos brilhos. Para ficar por dentro do que vai ser moda no outono/inverno 2010, leia as dicas abaixo e escolha seu estilo, sempre levando em conta sua maneira de se comportar, os locais que você frequenta e respeitando sempre a sua silhueta, pois nem tudo foi feito para todos... “Aprecie com moderação!”

Vamos a algumas dicas:
A pegada mais rock chega em roupas com muitas tachas, correntes e couro. O inverno 2010 será escuro e preto, com muitos elementos do rock and roll.

As calças boyfriend continuam com tudo no inverno 2010. Use-as com jaquetas curtas de couro ou coletes, com tachas e correntes.


Os jeans skinny chegam com tudo novamente, em lavagens manchadas e rasgadas, fazendo um estilo bad boy com jaquetas de couro e muita roupa preta.

O jeans aparece neste inverno em lavagens bem escuras, com tratamento quase parecendo couro.

Os coletes serão a vedete da estação, junto com as jaquetinhas curtas com lapelas grandes e pontudas. Tudo em jeans manchado tipo tie-dye, misturados com couro e black jeans.

As leggings estampadas fazem sucesso nesse inverno rock. Invista em leegings com estampas xadrez em vermelho grande, as “emborrachadas” ou imitando couro, e use-as com a parte de cima em jeans ou couro.

A parte “romântica” da moda ficará por conta da Moda Folk. Rendas, babados e flores miúdas aparecerão também.

Abuse das rendas presentes em shorts, saias, vestidos e camisas no inverno 2010.

Invista em acessórios com correntes e tachas.

Nos pés, a moda pedirá calçados pesados, de couro. Invista em botas pesadas.

O lado mais “Patricinha” da moda fica por conta dos paetês e brilhos.

Eles estarão presentes em calças, saias e blazers. Invista nos paetês, e mescle-os com roupas mais “dark”, como uma jaqueta de couro ou boots para um visual mais despojado.
Uma dica a mais: Deixe que a MODA lhe sirva, e não você a ela!

sexta-feira, 19 de março de 2010

História da Moda - Renascimento!


Um pouco sobre RENASCIMENTO...

O advento do Renascimento, no século XIV trouxe mudanças no cenário Europeu. As cidades cresciam, o número de comerciantes e artesãos especializados na produção de roupas aumentou, e, com a queda do Império Bizantino, a Europa Ocidental tomaria a liderança na produção de estilos e tendência aplicados à produção de roupas.

Homens passaram a usar roupas mais pesadas na parte superior do corpo. Uma vestimenta masculina típica da época, especialmente entre a nobreza, era um tipo de jaqueta pesada, com uma saia que ficava na região das pernas, até os joelhos. Homens também usavam sapatos cujas pontas ficavam para cima, e dispunham de uma grande variedade de chapéus.
Já as mulheres da nobreza passaram a usar altos chapéus, e vestidos floridos e decorados. Os vestidos passaram a ser firmemente atados ao busto. Homens de classes inferiores usavam blusas e calças justas e simples, e as mulheres usavam vestidos simples.
Uma das principais influências na moda européia, no século XVI foi a corte espanhola. Uma das principais tendências por parte dos membros da corte era o uso de grandes colarinhos no pescoço, que ficou em uso por aproximadamente dois séculos. No século XVII, os Franceses passaram a dominar a moda na Europa, e roupas usadas pelos nobres franceses eram rapidamente copiadas por outros países (com a exceção da Espanha).

Por outro lado, os puritanos que viviam no Reino Unido, e que teriam vital importância na colonização dos Estados Unidos não se importavam muito com estilos e tendências, tendo preferência por roupas simples. Os homens mantinham seus cabelos curtos - à época, homens com cabelos normais eram comuns e bem vistos - e usavam calças e roupas simples. As mulheres usavam vestidos longos e simples.

quarta-feira, 17 de março de 2010


A Moda e os Modismos.

ENTENDENDO A MODA!

por André Vasconcellos

“porque estar por dentro é fundamental”




No encontro anterior vimos como as tendências e influências chegam até os estilistas e como a moda é um fenômeno cíclico e contínuo.
Hoje falarei sobre a sutil diferença entre a MODA e os MODISMOS.
Não é incomum achar quem confunda os dois conceitos ou não saiba distingui-los. Afinal de contas, uma palavra deriva da outra.

Podemos dizer que a Moda, ainda que tida por muitos escritores como um fenômeno efêmero, ou seja, com uma curta duração, abrange um número muito maior de pessoas, atravessando continentes, aderindo a culturas e costumes diversos e sendo amplamente divulgada!

Exemplo prático: A mini saia! Na década de 60 uma estilista britânica chamada Mary Quant vislumbrou a possibilidade de encurtamento das saias. Chegou aos 30 cm de comprimento e ganhou não só o Reino Unido, mas também todo o mundo. De tempos em tempos a sua “invenção” retorna à Moda em várias releituras.

Já os MODISMOS surgem por acaso, sem regras e sem que algo tenha sido pesquisado e difundido. Tem uma duração ainda mais efêmera que a MODA e costuma atingir apenas alguns grupos específicos, em alguns lugares e não sofre reedições, via de regra!

Exemplo prático: Roque Santeiro, uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida entre junho de 85 e fevereiro de 86, com 209 capítulos, que tinha na personagem viúva Porcina (Regina Duarte) uma figura exótica e diferente por usar e abusar de penduricalhos e badulaques como acessórios. Logo os camelôs e outros comerciantes mais populares começaram a vender produtos similares aos da personagem. Eles viram ali um filão para agradar aos inúmeros fãs, que se identificavam com a heroína da trama! Esses acessórios foram populares enquanto durou a novela e somente em determinadas regiões do Brasil. Nada foi previamente programado, apenas aconteceu. Não há relatos do retorno dos adereços às lojas e nem ao comércio popular. Isso é um clássico exemplo de modismo!

Entretanto, há situações em que um determinado MODISMO pode virar MODA. Podemos citar o MOVIMENTO ou CULTURA PUNK, que surgiu em meados dos anos 70. Denomina-se “Cultura Punk” ao conjunto de estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas “punk”, como por exemplo o princípio de autonomia do “faça você mesmo”, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Entre os elementos da cultura punk estão o estilo musical, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), além de expressões lingüísticas, símbolos e outros códigos de comunicação. Esse movimento gerou um MODISMO, que num primeiro momento repercutiu na MODA local, mas que nas décadas subseqüentes deixou o espaço restrito dos Estados Unidos e expandiu-se através de bandas musicais pela Europa e a partir daí ganhou a MODA em definitivo e o mundo.


Espero que tenha ficado clara a diferença entre os dois distintos fenômenos. No próximo encontro veremos o que é CONCEITO (ou MODA CONCEITUAL) e a diferença que tem em relação às FANTASIAS!

Dúvidas? Perguntas? Sugestões?

André Vasconcellos – Consultoria: bravomoda@uol.com.br


André Vasconcellos mora em Curitiba-PR, é estilista formado pela UNESA – Universidade Estácio de Sá (RJ), tendo seu trabalho reconhecido e premiado em vários concursos em todo o Brasil.

quinta-feira, 11 de março de 2010


ENTENDENDO A MODA!

ENTENDENDO A MODA!

por André Vasconcellos

“porque estar por dentro é fundamental”


Não é tarefa fácil para o leigo entender a dinâmica da moda, ou seja, como de uma estação para outra a roupa sofre tantas transformações, recriando cores, formas, padronagens, enfim, entender como os estilistas criam tantas coisas e colocam-nas na vitrina em tão pouco tempo. A resposta é simples, apesar de não ser tão óbvia à grande maioria das pessoas.

Tudo aquilo que se refere às roupas, acessórios e até cosméticos é estudado, pesquisado e desenvolvido por um grupo de respeitáveis estilistas que compõem uma espécie de “cúpula da moda” mundial. Esses profissionais estão concentrados na Europa, principalmente na França, Itália e Reino Unido. De seus países, com dois anos de antecedência, eles “ditam” para o mundo o que será parte da moda nas estações subseqüentes. Exemplo prático: em 2008 já se sabia que uma onda “retrô”, vivenciando a década de 80 serviria de inspiração e invadiria os “looks” internacionais. Hoje uma pessoa vai às lojas e consegue notar que as calças subiram na cintura, que as cores “neon” estampam camisetas e vestidos longos. É possível notar também que os ombros estão mais estruturados.

Os estilistas brasileiros seguem essa tendência, que tem como objetivo globalizar a moda e, em aspectos gerais, o que se vê aqui é encontrado também nos outros continentes, com variações e ressalvas, conforme os costumes e o clima das regiões.

Atualmente, com o advento da internet, TV a cabo, revistas especializadas e outros recursos de divulgação, a moda ganhou o mundo e os estilistas notoriedade, já sendo conhecidos por uma gama muito maior de pessoas.

O importante para quem quer manter-se antenado com a moda é não confundi-la com modismo. Há uma linha muito tênue que separa os dois conceitos, mas isso é um assunto para o próximo encontro!

Dúvidas? Perguntas? Sugestões?

André Vasconcellos – Consultoria: bravomoda@uol.com.br


André Vasconcellos mora em Curitiba-PR, é estilista formado pela UNESA – Universidade Estácio de Sá (RJ), tendo seu trabalho reconhecido e premiado em vários concursos em todo o Brasil.


ENTENDENDO A MODA!

por André Vasconcellos

Entendendo a MODA!

Decidi criar este blog para ter uma rede de parceiros ligados à moda Curitibana e Paranaense.

É um novo passo na minha carreira, que já conta com alguns artigos publicaodos em jornais do Rio de Janeiro, e também em outro blog de Curitiba, o http://leitequenteenews.blogspot.com , do amigo e parceiro, fotógrafo Waldo Rafael.

Espero poder contar com a ajuda dos colegas de profissão para, juntos, alavancarmos a MODA Paranaense!

Toda semana, atualizarei textos de relevância, darei dicas de Moda, além de divulgar o trabalho de outros colegas!

Sucesso para todos nós!